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Como os chás são consumidos em diferentes culturas? Descubra!
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Como os chás são consumidos em diferentes culturas? Descubra!

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Bons Fluidos
30/09/2025 16h46
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O chá vai muito além de ser apenas uma bebida. Ele pode representar silêncio, hospitalidade, tradição ou até mesmo um gesto de afeto. No Japão, toma-se em completa quietude; no Marrocos, é símbolo de boas-vindas; já na Inglaterra, é praticamente uma instituição cultural. Em cada país, a forma de preparar e servir chás revela histórias, costumes e maneiras únicas de celebrar a vida.

A dança do chá na China

A China, berço dessa tradição milenar, consome chás há mais de 4 mil anos. Entre os rituais mais marcantes está o Gongfu Cha, que significa “chá com habilidade”. É uma cerimônia minuciosa: bules pequenos, xícaras delicadas e um preparo que pode durar meia hora. Não à toa, os chineses consomem mais de 1,6 milhão de toneladas de chá por ano, transformando esse hábito em parte essencial do cotidiano.

Japão: meditação em forma de chá

No Japão, o ritual é chamado de “chanojū”, herança dos monges zen que trouxeram o hábito da China no século XII. A cerimônia pode durar até quatro horas e envolve uma coreografia precisa, onde até a forma de segurar a xícara faz parte da prática meditativa. O protagonista é sempre o matcha verde, preparado com calma e beleza nos detalhes.

Inglaterra: o clássico chá da tarde

Os britânicos chegam a consumir mais de 100 milhões de xícaras de chás por dia. Do elegante afternoon tea ao robusto builder’s brew, o chá na Grã-Bretanha é pausa, tradição e conforto. Estima-se que cada britânico beba, em média, 876 xícaras de chá por ano, consolidando a bebida como parte da identidade nacional.

Marrocos: hospitalidade em forma líquida

O atai, chá de hortelã marroquino, é um gesto de hospitalidade e, quando oferecido, nunca deve ser recusado. Preparado com muito açúcar e servido de uma altura que forma espuma, ele está presente ao menos três vezes ao dia. Para se ter ideia, até 60% do açúcar consumido no país vem do chá.

Tibete: chá para resistir ao frio

No alto das montanhas geladas, os tibetanos se aquecem com o po cha, chá preparado com manteiga de iaque e sal. A bebida, espessa e energética, é parte do dia a dia e acredita-se que melhore a digestão e fortaleça o corpo contra o vento e o frio intensos. Há relatos de pessoas que chegam a consumir até 40 xícaras por dia.

Mongólia: sabor e música

Na Mongólia, o Suutei Tsai mistura chá preto, leite, sal e, às vezes, manteiga. Ele é servido em tigelas pequenas e geralmente acompanhado de música tradicional, canto e dança, reforçando o espírito de união e alegria da cultura mongol.

Índia: o aroma do masala chai

Segundo maior produtor mundial, a Índia consome a maior parte de seus próprios chás. O destaque é o masala chai, combinação de chá preto, leite, açúcar e especiarias como cardamomo e canela. Bebido em pequenas xícaras de barro que, muitas vezes, são quebradas após o uso, o chai é símbolo de acolhimento e encontro social.

Turquia: recordista mundial

O povo turco é campeão no consumo: cada pessoa bebe, em média, 1.300 xícaras por ano. Prepara-se o chá preto em um bule de duas camadas, o çaydanlık, e serve-se em copos em forma de tulipa. Sem exageros, 96% das famílias turcas tomam chás diariamente.

Brasil: tradição em infusões

No Brasil, o chá chegou no período colonial e se adaptou à cultura local. As infusões de ervas e frutas são as preferidas, especialmente hortelã e camomila. Além da versão quente, o chá gelado conquistou espaço, sendo refresco nos dias quentes e companhia nas rodas de conversa.

Chá: um elo entre culturas

Apesar das diferenças, em todos os países o chá é mais do que líquido em uma xícara. É pausa, aconchego, espiritualidade ou celebração. Seja no rigor das cerimônias japonesas, na informalidade acolhedora dos marroquinos ou no hábito descontraído dos brasileiros, a verdade é que cada gole carrega história, tradição e um convite para apreciar o momento presente.

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