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Mais de um terço das bebidas destiladas vendidas no Brasil é falsificado; saiba como evitar
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Mais de um terço das bebidas destiladas vendidas no Brasil é falsificado; saiba como evitar

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Bons Fluidos
30/09/2025 15h30
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Um levantamento da Universidade de São Paulo (USP) revelou que mais de um terço — ou seja, cerca de uma em cada três — dos destilados vendidos no Brasil é falsificado. Em um curto período de tempo, o estado de São Paulo registrou dez casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas adulteradas, além de três mortes.

Aumento dos casos

De acordo com Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), as ocorrências de intoxicação pela substância química apresentaram, nos últimos 26 dias, um padrão inédito e diferente das relatadas anteriormente.

“Esses registros estavam, majoritariamente, associados a pessoas em extrema vulnerabilidade ou população em situação de rua, ambos a partir de ingestão de álcool em postos de gasolina adulterados com o composto. No entanto, no início de setembro, os pacientes intoxicados possuíam histórico de ingestão recente de bebidas alcoólicas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico, incluindo bares”, afirmou o órgão,

Especialistas apontam que o crescimento dos casos pode ter relação com a desativação do sistema de controle da produção de bebidas, o Sicobe. Desde a medida, tomada em 2016, a fiscalização passou por alterações, sendo realizada com base na autodeclaração das empresas.

Diante desse aumento, autoridades se reuniram na segunda-feira (29) para discutir medidas de combate à situação, que classificam como preocupante. Além disso, indicaram que o setor privado intensifique a conferência dos produtos e rastreie a sua origem.

Como evitar as bebidas?

E os consumidores, de acordo com a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), também podem adotar alguns cuidados, como preferir comprar bebidas em estabelecimentos de confiança. Além disso, é recomendável optar por produtos com preços justos, evitando aqueles muito abaixo do valor habitual.

Outra dica é verificar se a embalagem apresenta o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Confira ainda o estado do lacre, já que sua violação pode indicar adulteração do produto.

Sintomas e recomendações

Químicos destacam que é difícil identificar a presença de metanol nos destilados. Por isso, é comum detectá-lo somente após a ingestão e o surgimento dos primeiros sintomas de intoxicação. Entre esses sinais, que geralmente aparecem de 12 a 14 horas depois do consumo, estão visão turva ou cegueira.

Além disso, o indivíduo tende a apresentar mal-estar geral, incluindo náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. Segundo as autoridades, em caso de suspeita, é fundamental consultar um profissional para possibilitar uma intervenção rápida.

“Se houver consumidores sintomáticos, a recomendação é encaminhar para atendimento médico urgente e acionar o Disque-Intoxicação (0800 722 6001), serviço da Anvisa. Também indicamos comunicar a Vigilância Sanitária local, Polícia Civil (197), PROCON e, quando aplicável, o Ministério da Agricultura e Pecuária“, orientou o MJSP.

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